O que se sabe e o que falta esclarecer sobre caso de médico suspeito de matar a própria mãe no Paraná
Rafael Nicoluzzi foi preso em flagrante por feminicídio. Polícia investiga motivações financeiras. Defesa pediu avaliação psiquiátrica do médico. Rafael...
Rafael Nicoluzzi foi preso em flagrante por feminicídio. Polícia investiga motivações financeiras. Defesa pediu avaliação psiquiátrica do médico. Rafael Nicoluzzi está sendo investigado CRM/Reprodução Trem descarrilou na noite de quinta-feira (28) Raphael Costa/RPC A Polícia Civil está investigando o médico Rafael Nicoluzzi, preso em flagrante suspeito de matar a própria mãe em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram O crime aconteceu na sexta-feira (29). A vítima foi identificada como Erondina de Oliveira, de 73 anos. O homem tem 35 anos, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. A polícia apura se a motivação do crime foi financeira. A defesa de Nicoluzzi pediu à Justiça uma avaliação psiquiátrica do médico, que disse aos policiais que não atuava mais na função há um tempo por ter sido afastado por apresentar transtornos psicológicos durante os plantões. Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso: Como aconteceu o crime Como a polícia descobriu o crime Como era a relação entre a mãe e o filho O que diz a defesa do médico O que falta esclarecer sobre o caso Leia também: Roncador: Criança anda mais de 3 km para pedir socorro após carro cair em represa Acidente: Motorista que morreu em batida que partiu carro ao meio era jovem advogado Festa: 'Primeiro show que fui na vida foi dele', diz debutante que teve apresentação de Luan Santana no aniversário 1- Como aconteceu o crime O médico Rafael Nicoluzzi morava com a mãe em um apartamento no centro de Ponta Grossa. De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que escutaram uma briga entre os dois na madrugada de sexta-feira (29). O corpo da mulher foi encontrado pela manhã com sinais de agressão na cabeça, rosto e braços, e Nicoluzzi estava com arranhões no pulso e braço esquerdo - "lesões comuns de serem causadas por vítimas para defesa", diz a corporação. "Provavelmente, ela foi agredida com socos e o agressor bateu a cabeça da vítima contra o solo. Inclusive, é o que foi escutado por vizinhos durante a madrugada", disse o delegado Guilherme Fontana. Ciclo da violência: Saiba como identificar Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná 2- Como a polícia descobriu o crime Médico suspeito de matar a mãe é preso em Ponta Grossa Inicialmente, Nicoluzzi acionou a Guarda Municipal afirmando que encontrou a mãe morta no apartamento. Por imaginar que o óbito teria acontecido por causas naturais, a equipe o orientou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) - procedimento padrão nestes casos. Porém, ao chegar no local a equipe do SAMU identificou os sinais de agressão e acionou a polícia e a Guarda Municipal. O médico foi preso em flagrante por feminicídio. 3- Como era a relação entre a mãe e o filho De acordo com a Polícia Civil, vizinhos relataram que ouviam constantemente brigas e agressões entre o suspeito e a vítima. A corporação também afirma que o corpo da mulher possuía hematomas de colorações diferentes, indicando que ocorreram agressões anteriores, em datas diferentes. O delegado responsável pela investigação, Wesley Vinícius, afirmou que segundo a apuração preliminar a motivação do crime pode ter sido em decorrência de motivos financeiros, uma vez que a vítima estava sustentando o filho. 4- O que diz a defesa do médico Defesa pede avaliação psiquiátrica de médico suspeito de matar a mãe em Ponta Grossa À polícia, Nicoluzzi disse que não atuava mais como médico há um tempo, alegando que foi afastado da função por apresentar transtornos psicológicos durante os plantões. Nenhum laudo médico foi apresentado. No sábado (30), a defesa do suspeito pediu à Justiça uma avaliação psiquiátrica do cliente. Caso o resultado confirme transtornos psiquiátricos, o suspeito será direcionado para uma unidade de atendimento médico, explica o advogado de Rafael, Yuri Kozan. "Na sequência, será instaurado um incidente de insanidade mental para que um perito médico oficial da Polícia Científica avalie se Rafael, no momento do fato, caso ele tenha ceifado a vida de sua mãe, tinha capacidade de entender o caráter ilícito da própria conduta", detalha o advogado. O cadastro do médico conta como ativo nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) do Paraná e de Santa Catarina. Em nota, o CRM-PR disse que acompanhará o caso e que manifesta pesar à família e amigos. "Até então, trata-se de assunto particular que não envolve atividade profissional, razão pela qual se espera que as autoridades competentes atuem com isenção e dentro das suas atribuições", disse o conselho. Também em nota, o CRM-SC disse que a apuração e a investigação da conduta médica são realizadas pelo Regional onde ocorreu o fato. "Neste caso, se o fato envolvendo o profissional foi decorrente de um problema envolvendo o ato médico, a apuração dos fatos será realizada pelo CRM-PR", afirmou. 5- O que falta esclarecer sobre o caso Sobre o caso, falta confirmar se a motivação do crime foi financeira e aguardar o laudo psiquiátrico do suspeito para verificar se ele sofre de algum transtorno. Justiça decreta prisão preventiva de médico suspeito de matar a mãe em Ponta Grossa VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.