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Casal de empresários é preso por comercializar terrenos que não estavam à venda e prejudicar mais de 100 pessoas com golpes, no PR

Polícia prende empresário por fraude imobiliária no Paraná Os empresários Dalvan de Lara Delgado da Silva e Aline Flores de Oliveira foram presos suspeitos...

Casal de empresários é preso por comercializar terrenos que não estavam à venda e prejudicar mais de 100 pessoas com golpes, no PR
Casal de empresários é preso por comercializar terrenos que não estavam à venda e prejudicar mais de 100 pessoas com golpes, no PR (Foto: Reprodução)

Polícia prende empresário por fraude imobiliária no Paraná Os empresários Dalvan de Lara Delgado da Silva e Aline Flores de Oliveira foram presos suspeitos de dar uma série de golpes imobiliários em quem estava em busca do sonho da casa própria. O casal é dono da imobiliária Platium e da construtora Platium em Guarapuava, na região central do Paraná. A Polícia Civil destaca que mais de 100 boletins de ocorrência (B.O.s) foram registrados contra eles e que há indícios de que eles conseguiram mais de R$ 1 milhão com os golpes. Entre as vítimas, há quem usou todas as economias para comprar terrenos que não estavam à venda, e quem pagou pela construção de obras que nunca saíram do papel, por exemplo. Veja relatos mais abaixo. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, o advogado de defesa de Dalvan e Aline afirmou que o casal estava fechando acordos com as pessoas que se sentiram lesadas e que vai recorrer pela soltura dos empresários. Veja a fala completa dele mais abaixo. Casal de empresários é preso por golpes imobiliários em Guarapuava Lucas Polak/RPC Os suspeitos foram detidos na manhã desta quarta-feira (28). Durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva, os policiais também apreenderam documentos, celulares e um carro, identificado como adquirido com valores provenientes dos golpes, segundo o delegado Ramon Galvão Zeferino. “Trata-se de um esquema que atingiu diretamente o sonho da casa própria de inúmeras famílias, muitas delas pessoas humildes que comprometeram economias de uma vida inteira. A fraude reiterada não apenas provocou prejuízos financeiros significativos, mas violou a dignidade e a confiança social, razão pela qual a resposta estatal precisa ser firme e proporcional à gravidade dos fatos”, ressalta. O delegado também explica que, agora, as investigações continuam para a identificação de novas vítimas, recuperação de valores e esclarecimento integral dos fatos. Ele incentiva que quem foi lesado pelo casal ou por qualquer outra empresa ou pessoa procure a Polícia Civil para denunciar. A corporação atende pelos telefones 197 e 181. Saiba como denunciar crimes no Paraná Leia também: Veja: Laboratório de preparo de cocaína com maquinário industrial é descoberto no Paraná Entenda: Tornado que destruiu cidade do PR é reclassificado como F4; nível tem ventos de até 418 km/h Foragido: Empresário condenado por estuprar menina de 10 anos, filha de cliente, é procurado pela polícia Golpes imobiliários A polícia explica que as investigações iniciaram em maio, após a identificação de um esquema estruturado de fraudes imobiliárias envolvendo a comercialização de terrenos sem matrícula individualizada, sem desmembramento regular perante o Município e sem qualquer autorização dos proprietários legítimos. "Também eram ofertados contratos de construção de casas que jamais foram iniciadas, levando dezenas de consumidores a prejuízo financeiro e à frustração", explica o delegado Ramon Galvão Zeferino. A técnica de enfermagem Andreia Fiuza dos Santos foi uma das vítimas. Ela deu um carro de entrada e pagou algumas parcelas do contrato fechado com o casal, mas não viu a obra saindo do papel. O pedreiro Ageu Santana também perdeu dinheiro. Há muito tempo ele sonha em ter uma casa própria, e depois de assinar um contrato com o casal de empresários e gastar todas as economias que tinha, levou a família para conhecer o local da futura moradia. “O dia que eu estive lá no terreno o meu menino falou: ‘Pai, aqui vai ser a casinha do cachorro, aqui vou jogar bola, aqui vai ser o meu quarto... A gente se emociona até, porque mexe com um sonho da gente”, disse ele, à RPC. Casal é dono da imobiliária e da construtora Platium Lucas Polak/RPC 💡Dicas de como se proteger antes de fechar imobiliários O Procon de Guarapuava listou uma série de dicas de cuidados para quem está em busca da casa própria: Pesquise a empresa: verifique se a construtora ou imobiliária tem reclamações registradas em órgãos de defesa do consumidor. Cheque a documentação: confirme se a empresa tem alvará, CNPJ atualizado e autorização para construir no terreno. Desconfie de promessas rápidas, pois empréstimos ou construções muito rápidas podem indicar irregularidades. Evite pagamentos antecipados sem garantias contratuais claras, especialmente antes da liberação do financiamento. “Caso sejam consumidores que ainda estão em busca de um terreno ou de uma residência, é importante buscar informações sobre a empresa e verificar se há reclamações. Já os que compraram e enfrentaram problemas podem procurar o Procon. Estamos aqui para orientar e ajudar também”, reforça o superintendente Raphael Virmond. O que diz a defesa do casal Veja, abaixo, o que disse Marinaldo Rattes, advogado de defesa do casal, em entrevista à RPC: "Entendo que essa prisão é extemporânea, desnecessária, tendo em vista que a prisão resultou ser de um pedido do Ministério Público e de fato os ora acusados estavam celebrando acordos com as supostas vítimas e indenizando essas vítimas. Só não ocorreram as indenizações porque o próprio Poder Judiciário determinou um sequestro e arresto de bens e valores dos acusados, de modo que não foi possível concluir esses acordos. A defesa pretende entrar com habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, tendo em vista que, no meu entender, a prisão especificamente da acusada que recentemente ganhou neném, ou seja, está amamentando ainda, tem 40 dias, não deveria ela ter sido presa neste momento .Em relação ao acusado a defesa vai pleitear no Tribunal de Justiça uma revogação da prisão preventiva, tendo em vista que a prisão é extemporânea, não é necessário essa prisão preventiva ter ocorrido neste momento. A empresa não está atendendo, tendo em vista que o próprio Procon já havia encerrado as atividades dessa empresa. Estava, então, sendo celebrado apenas esses acordos através de advogados e os clientes dessa empresa". Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul